quinta-feira, 15 de julho de 2010

Incidentes e Responsabilidades em Cascais



É absolutamente incompreensível como a insegurança pairou impune nas últimas semanas no concelho de Cascais (CMC). A CMC teimou ao longo destes dias em dirigir as espingardas ao Ministério da Administração Interna (MAI). Mesmo perante a insegurança e sucessivos casos de violência, a CMC preferiu manter a sua posição em relação ao MAI, sem adoptar qualquer medida preventiva. A responsabilidade dos desacatos do último fim de semana na praia do Tamariz, foi imputada novamente ao MAI. Facadas e tiros marcaram um Domingo, com praias cheias de famílias e turistas que entraram em pânico. Certamente que não é esta a imagem que o concelho quer deixar nos seus munícipes e turistas, e certamente que se tivessem sido tomadas medidas de prevenção e patrulha, os desacatos não teriam tido estas dimensões. A Polícia Municipal, é da responsabilidade da CMC e como tal, na ausência de agentes da PSP, esta poderia ter sido destacada provisoriamente para patrulhas das praias. Nestes dias quentes, o destino da maioria dos turistas e habitantes da linha de Cascais, Sintra e Oeiras, é a praia, e como tal é previsível que em grandes concentrações possam existir alguns problemas. Como tal é totalmente recomendável o aumento de agentes policiais. No entanto este não foi o pensamento dos órgãos autárquicos, e foi inevitável o caos gerado. Todos os incidentes que aconteçam no concelho de Cascais, jamais são da responsabilidade da CMC. Afinal de contas qual é o seu papel, se se recusa a aceitar responsabilidades em incidentes ocorridos no seu território? Foi possível ver a imediata reacção do MAI perante o sucedido. Agora sim, é notável o reforço de forças policiais nas ruas de Cascais, mas não teria sido necessário chegar tão longe se se tivessem tomado medidas na raiz dos problemas e no seu início. É do conhecimento geral a reunião de António Capucho com o MAI e o acordo a que chegarão quanto às medidas segurança, e portanto no que respeita à competência deste último órgão é recomendável que não seja de novo posta em causa. Permaneceremos na expectativa de que estes incidentes tenham sido absolutamente pontuais, e que Cascais possa voltar à sua rotina, saindo à rua sem medos.

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