segunda-feira, 29 de agosto de 2011

(S)ASE e afins

Por estes dias ultimam-se em milhares de casas os preparativos para o regresso às aulas. Porém com diferenças cruciais em relação ao ano passado. O novo Governo já fez das suas... Só podem estar a testar a paciência dos encarregados de educação! Ora este ano queres livros, então paga! Acção Social Escolar?! Anh?! O quê?! Não percebi lá muito bem.

Para os menos entendidos na matéria, até aqui os alunos com ASE (ex-SASE) consoante o seu escalão, dirigiam-se a uma determinada papelaria predefinida e adquiriam os livros escolares pagando apenas o valor que dizia respeito ao seu escalão social. Este ano, Passos Coelho e o seu iluminado Ministro da Educação, acharam que as famílias andam muito folgadas e não faz diferença alguma em pagar tudo. Sim, este ano as famílias vão comprar os livros onde querem, pagam o valor real dos livros e mais tarde entregarão a factura nas escolas a fim de lhes ser devolvido o montante devido. Então assim para que nos serve o ASE? Quem tem dificuldades reais monetárias, vai passá-las na mesma. Não sei porquê mas faz-me lembrar as bolsas do Ensino Superior, a roçar o ridículo. O tal Ensino Superior que eu referia há dois meses que Nuno Crato ia tratar como a creche. O dinheiro vai ter que sair da carteira de uma vez só, sem sabermos quando o voltarão a receber nem como. Agora das duas uma, ou mais crianças vão passar fome ou então mais crianças irão para a escola de braços vazios, sem livros. Mas afinal se temos direito à educação, porque é que temos que fazer as nossas crianças passar fome para irem à escola? Onde é que estamos a chegar? Estes pais debatem-se agora com um problema grave, têm que pagar com dinheiro que não têm e não sabem quando o receberão. Se calhar em Janeiro, assim até Dezembro o Governo não gasta e faz de conta que o défice está uma maravilha (algo como aquele famoso imposto no Natal e as devoluções...). Mas não são essas contas que os pais farão de certeza, são as de 'sumir' o ordenado, o pouco que resta dos encargos mensais habituais... Preparemo-nos então para incentivar nas nossas escolas os Bancos de Livros solidários, já que ninguém faz nada pelos alunos, façamos nós próprios.

sábado, 20 de agosto de 2011

Os sucessivos 'crash' das Bolsas

As últimas semanas, e especialmente os últimos dias, têm deixado os accionistas de cabelos em pé. Não é para menos. O ciclo de quedas abruptas das bolsas de valores parece nunca mais ter fim e faz-nos recuar até Outubro de 2008. A falência do Banco Lehman Brothers levou as Bolsas ao fundo, o crash de 1929 reavivou-se na memória dos americanos e do Mundo. É o suposto início da Crise Mundial, porém foi nos tradicionais 6 meses seguintes que os efeitos se fizeram notar. Novamente em Agosto de 2011. A recessão está à porta, o cinto continua a apertar até nos deixar sem fôlego. Por estes dias as bolsas voltam a afundar, 4%, 5% e até 6% por dia. São milhões e milhões que se perdem todos os dias. Os investidores parecem continuar a temer o pior e continuam a retirar os seus investimentos nas acções, para os aplicarem noutros sítios. (Debaixo do colchão, quem sabe!) Os próximos dias serão dos mais decisivos. Se este ciclo continua, bem podemos contar 6 meses e em Fevereiro teremos uma prenda maior que a encomenda. As bolsas são assim, lêem o futuro dos mercados. Do mal o menos, a Bolsa de Valores de Lisboa é das menos afectadas por este colapso. É das que menos desce mas também das que menos sobe, quando em dias expectantes os investidores dão tudo o que têm por mais uns euros. Os investidores lusos ou têm poucas massas ou não revelam o seu pânico. O tuga espera sempre mais um dia para ver a coisa, e se calhar até tem razão. Neste vai e vem de milhões fazem-se fortunas! Um bom investidor, colocado num posto estratégico é um potencial milionário à conta dos investidores nervosos. Resta-nos esperar pelos próximos dias, mas parece-me que não nos trarão nada de bom e os dados do 2ºsemestre serão catastróficos, bem piores que os do 1º, onde especulo até mesmo sobre o crescimento da Alemanha. Ficou-se pelos 0.1%, o que lhe reservará o 2º semestre?! Eis a questão... em Janeiro veremos!