sábado, 24 de abril de 2010

25 de Abril - A nossa Liberdade

E já passaram 36 anos desde a Revolução dos Cravos. O país vivia numa ditadura rígida, onde o descontentamento era geral. A liberdade, em qualquer dos seus ramos, simplesmente não existia. É um facto que todos sabemos, mas que relembramos especialmente nesta data. Não devemos deixar muito tempo neste dia para escrever sobre o que aconteceu ou não, pois de certeza que já todos ouvimos histórias de amigos e familiares que viveram este dia. Este é um dia de festa, de comemorar, e de louvar o que foi feito naquele dia.
Não só quem o viveu sabe o seu verdadeiro valor. Poderá dar-lhe tanta ou menor importância, do que os jovens que não passaram por aquele período. Certamente um dia de emoções fortes que ficou gravado nas mentes de todo o povo português. O violento sofrimento da ditadura, deu lugar a um país livre, com mais igualdade. Sinto que não devo ficar aqui a escrever palavras sobre este dia, que ao lado do acontecimento não valem nada. Sinto sim que tenho o dever de ir para a rua, e como tantos outros comemorar a vitória que aconteceu em 1974 e continuar a luta pela liberdade que naquele dia se iniciou.
Apreciem as liberdades que têm hoje, graças ao passado, e nunca deixem de lutar por elas.
Até às próximas notas caríssimos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Apenas uma visão do Mundo

De repente, depois de ler o poema “Viver sempre também cansa” de José Gomes Ferreira, dei por mim a pensar como é o Mundo.
Vivemos num Mundo em constante evolução, que porém não chega a todo o lado. Temos países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento, (só para não os apelidar de países do terceiro Mundo, como antigamente). Estes países em vias de desenvolvimento (PVD), têm habitualmente PIB muito baixo e uma sociedade altamente corrupta. Existem os dois extremos: muito pobres e muito ricos. Claro que em todo o Mundo existem estes extremos, porém nos PVD acentua-se, sendo notáveis as diferenças. Sociedades altamente exploradas pelos ricos. Não fomentam as suas actividades e os seus chefes procuram a riqueza própria e não a do país. É exemplo a Serra Leoa, um dos países mais pobres do Mundo, que porém (ironicamente) é o principal explorador de diamantes. Não queremos imaginar o interior das habitações dos chefes de Estado daquele país!
Ao pensar no Mundo, pensa-se também em diversidade de sociedades e culturas. O Mundo é composto por mais de 6 milhares de milhões de pessoas, todas diferentes. Muitas sociedades e muitas culturas, que se deveriam completar entre si, dando origem a um Mundo seguro e harmonioso. Existem porém diferenças que as sociedades teimam em não ultrapassar. Guerras e massacres, alimentados por ódios sempre activos, assombram a paz mundial. Puras guerras de interesses que retiram a estabilidade às sociedades e dão azo ao crescimento de ódios. Ás culturas, estão intrínsecas as religiões. Religiões estas que motivam tantas divergências.
Neste Mundo onde vivemos, a base seria o respeito e aceitação das diferenças, porém nem sempre é assim. As diferenças raciais, de religiões, culturas, sexos ou nacionalidades, motivam conflitos que acontecem um pouco por todo o Mundo. Aqui já não se fala em PVD, mas sim numa situação mundial. Continua a haver muitas pessoas que não sabem respeitar os que estão a seu lado.
Um Mundo onde as sociedades se constroem e desconstroem, com avanços tecnológicos e recuos naturais. Penso que só nos últimos tempos o Homem percebeu o que fez ao seu planeta. Completos atentados ecológicos do passado que destroem o presente e o futuro.
Sim, visto assim o Mundo em que vivemos parece um pouco negativo. Porém existem pessoas correctas e decisões bem tomadas. Tenho esperança de ainda vir a ver um Mundo e principalmente um país melhor, onde existe compreensão e o dito respeito. Um Mundo harmonioso onde podemos andar por onde quisermos sem termos medo de quem estará do outro lado. Cabe principalmente aos jovens como eu, tomar partido do Mundo e ajudar a esta mudança.
O Mundo é meu, é teu e é de todos. Todos temos o dever de o tornar melhor...
Até às próximas notas caríssimos.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Presidenciais 2011 - Manuel Alegre: Sim ou Não?

Manuel Alegre, militante socialista e ex-deputado do mesmo partido, realizou uma candidatura informal (não oficial) à Presidência da República. É de notar que nas últimas eleições, Alegre candidatou-se de forma independente, e pondo logo o seu partido em divisão. Actualmente, todos os dias se especula sobre o possível apoio ou não do PS à candidatura de Manuel Alegre.
O partido está dividido, sendo que a maioria não concorda no apoio ao candidato. Manuel Alegre é uma figura política relevante em Portugal, mas nem sempre da melhor forma. Auxiliando a vossa memória, Alegre chegou a criticar o seu partido na Assembleia da República, tendo sido obrigado a retirar-se. É militante desde a fundação, em 1974, mas tem vindo a ser irregular. Com atitudes por vezes radicais (que o levam a ter o apoio do Bloco de Esquerda) ou com distância ao PS.
Esta candidatura prejudica o partido, quer tenha o seu apoio ou não, pelo facto de não reunir consenso. Ao não ter consenso, faz com que a divisão interna e instabilidade aumentem, e torna-se quase impossível obter a Presidência com Alegre. Diariamente se multiplicam os socialistas que se recusam a apoiar esta candidatura, virando-se para Fernando Nobre (candidatura oficial apartidária, tal como o próprio). Destas recusas, fazem parte em grande número os jovens socialistas. Mesmo se o Secretário-Geral da JS, Duarte Cordeiro, manifestou o seu apoio a Manuel Alegre, grande parte das concelhias da JS vão começando a descartar-se desse apoio. Recusam-se a apoiar alguém que já mal tratou o seu partido e que já se candidatou contra ele. Qual o descaramento ao realizar esta candidatura, pedindo apoio do PS? Manuel Alegre, quer passar pela 2ª derrota consecutiva na Presidência. O mandato de Cavaco Silva, não está a correr da melhor forma, sendo que sobre ele recaem críticas relativas ao seu excessivo silêncio. Mesmo assim, a sua recandidatura significará, no meu ponto de vista, a vitória.
Dos 3 candidatos falados até agora, mas nem todos oficiais (Manuel Alegre, Fernando Nobre e Cavaco Silva) não me revejo em nenhum, nem tenho coragem de lhes entregar Portugal. Manuel Alegre, faz trocas sucessivas que não me dão confiança ou segurança. Fernando Nobre, não nos revela as suas ideologias, nem o que o guiará ideologicamente como Presidente da República. Cavaco Silva, fez um mandato um pouco conturbado, o que em parte desgastou a sua imagem e reduziu o grau de confiança no seu trabalho, pelos sucessivos silêncios e afastamentos em acontecimentos importantes do país.
O futuro é incógnito. As decisões do PS serão tomadas, porém Manuel Alegre nunca será símbolo de consenso partidário. A divisão interna aumentará, sendo que muitos socialistas apoiarão Fernando Nobre. Falta ainda 1 ano para que o povo decida, porém os media agitam-se, premeditando o futuro que ninguém sabe. Ponto este que poderá ser benéfico ou não.
Da minha parte, mesmo sendo vincadamente socialista e não podendo votar, não tenciono fazer campanha por Alegre, simplesmente porque não concordo com a sua acção perante o partido e o país.
Até às próximas notas caríssimos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Onde eles se (des)encontram

Aqui vos deixo uma produção poética bastante simples que fiz para a disciplina de Português. O objectivo era escrever um poema suprimindo uma vogal da nossa cabeça. Por isso o poema não contem a letra 'i'. Algo simples, mas com algum sentimento. A poesia aprende-se ao longo dos tempos...

Aquele rebentar brusco do mar
Na madrugada escura
Que separa os condenados por amar.

O cruzamento de água e Terra
Naquela margem sem rumo
Que as lembranças desterra.

Os amantes separados pela madrugada
Choram junto àquele cruzamento
A dor e mágoa do momento.

O Mar anda para cá e para lá
Sem cessar naquela dança,
Movendo a onda como a lança.

A dor não foge do coração
Permanece eternamente a cada madrugada
Que repete aquela separação.

O mar esse permanece na dança
Que cruza o Mundo de lés a lés,
O céu e a Terra até ao fundo das marés.

sábado, 10 de abril de 2010

Luto Polaco

A Polónia sofreu hoje um duro embate, com a morte do seu Presidente. Desde já envio as condolências ao povo polaco.
Esta madrugada um avião vindo da Polónia despenhou-se perto do aeroporto de Smolensk. A comitiva polaca além de trazer o seu Presidente e respectiva mulher, era constituída por 88 membros dos quais faziam parte dirigentes, deputados, chefes de estado e presidentes de instituições de renome. A comitiva ía à Rússia prestar homenagem aos 20 mil polacos mortos na 2ª Guerra Mundial. Uma homenagem que se transformou em tragédia. O piloto do avião mesmo tendo sido aconselhado a aterrar noutro aeroporto devido às más condições climatéricas de Smolensk, decidiu forçar a aterragem por 4 vezes, altura em que embateu com uma asa numa árvore, despenhando-se. O avião despenhou-se com 96 pessoas a bordo, não havendo sobreviventes. Lech Kaczynski era o Presidente da Polónia e recandidatar-se-ía ao cargo no final de 2010. Na Polónia, os ministros reuniram-se de emergência, sendo de imediato decretada uma semana de luto nacional. Em Maio visitaria Portugal, numa visita de Estado. Entretanto o corpo do Presidente já foi encontrado nos restos do avião.
De Portugal, Cavaco Silva e José Sócrates já manifestaram o seu profundo pesar pela morte de Lech Kaczynski. «Como parceiros europeus, vamos manter especiais recordações de apreço e admiração pelo papel do Presidente Kaczynsk na transição democrática da Polónia e no acesso às estruturas europeias e euro-atlânticas», escreve José Sócrates. Por todo o Mundo se multiplicam as manifestações de pesar pela tragédia.
Até às próximas notas caríssimos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Controvérsias do Estatuto

Um Estatudo do Aluno... Aquele que diariamente faz manchete nos jornais e televisões. Propostas de Alteração, negociações, autoridade, dirigentes, deputados, ministros, direccções, professores, auxiliares. Agora perguntam onde estão os alunos neste conjunto de pessoas?! Simplesmente não estão. Este Estatuto tem vindo a ser discutido por vários orgãos representativos de várias classes, à excepção dos alunos. Os maiores interessados no estatuto, são os que não são ouvidos. Mas audições ou não à parte, as controvérsias são grandes. Cada dia que passa saem notícias com propostas diversas.
O Ministério da Educação é composto por profissionais que têm uma fraca ligação com alunos e com o meio escolar. Não é possível que tenham noção das reais necessidades dos espaços escolares. Não têm contacto com os alunos diariamente para saberem o que precisam ou do que carecem.
No sábado soltei uma gargalhada quando me deparei com uma notícia sobre a nova proposta do ME, no Jornal Expresso. Sabemos bem que a carga horária dos alunos é pesada nos vários anos por que passam, porém como é possível quererem dar a possibilidade às escolas de tornar História, Geografia, Ciências Fisico-Químicas e Ciências Naturais em disciplinas SEMESTRAIS?! Uma atitude destas obviamente que diminui a carga horária destas disciplinas (mesmo se a carga delas já é bem pequena em relação aos programas!!). Obriga à execução de novos programas curriculares e consequente reestruturação de livros escolares e ainda à diminuição de professores. Factos estes que fazem os cofres do Estado ganhar. Porém os alunos não ganham com esta atitude. O facto de reduzir o horário não compensa os alunos. Afinal de contas haverá redução dos programas e conteúdos leccionados, logo os conhecimentos adquiridos para o Ensino Secundário são menores. Ou têm também que adaptar os programas do Secundário, ou o insucesso sofrerá um aumento terrível! Se já até aqui os professores destas disciplinas se viam "desgraçados" para cumprir programas a tempo e horas (já que temos uma história bem grande!), como será se for apenas em semestres? Cortamos a nossa própria história e o nosso funcionamento biológico?! Teremos alunos com uma cultura ainda mais fraca que a actual, com menos conhecimentos, com mais insucesso. Os conteúdos são drasticamente cortados da cabeça dos alunos. Se com 3 meses de férias esquecem a maioria do que apredem num ano, então com tanto tempo de interregno como estarão aquelas cabeças quando voltam? Caem completamente de pára-quedas. Da parte do ME não há respostas. E resumidamente é uma decisão que não é viável! E já nem quero pensar no facto de caber a cada direcção de escola decidir sobre este facto! Então vamos ter alunos mais sabedores que outros e uns com mais horários que outros?! Sinceramente...
E como podemos aceitar que os alunos que faltam injustificadamente, não chumbem? Alunos que faltam justificadamente, não são diferenciados de alunos que faltam por faltar (injustificadamente). As faltas, independentemente da sua origem, dão lugar a provas de recuperação. E os alunos fazem tantas provas quantas as necessárias até ao fim do ano. Estas provas fazem como que uma justificação das faltas e os alunos acabam por passar independentemente de darem muitas ou poucas faltas. Não se pode compreender e muito menos aceitar.
Estes são apenas dois exemplos de propostas para alterações ao Estatuto que são completamente inadaptadas aos meios escolares. De louvar a proposta do CDS-PP, que mesmo sendo para mim da oposição, consiste numa proposta bastante viável que leva os interesses dos alunos mais alto! Alunos, reflictam sobre o nosso próprio estatuto que teima em não corresponder às nossas necessidades e expectativas.
Até às próximas notas caríssimos.

sábado, 3 de abril de 2010

Juventudes Partidárias

"Política: Partidos tentam atrair jovens para as «jotas» - Os jovens estão cada vez mais afastados da vida política, embora os partidos tentem, cada vez mais, atrai-los para as «jotas», de acordo com a edição deste sábado do Público. Que «existe um que é rosa e outro que é laranja» é tudo o que muitas vezes sabem sobre os partidos, mas não respondem quando lhes perguntam se são de esquerda ou de direita." in Diário Digital


Nas últimas décadas os partidos políticos mais antigos assistiram a uma grande quebra na sua juventude, muito por culpa do envelhecimento dos seus militantes bem como da falta de credibilidade política da parte dos jovens. Como é referido no Público, a maioria não se identifca com um partido ou ideais. Limitam-se a saber aquelas cores e por vezes sabem uma ou outra figura sonante, mas não passam daí. Assistimos diariamente a políticos envelhecidos, que já não conseguem responder às necessidades impostas pela evolução tecnológica e social da sociedade. E por outro lado assistimos a jovens que nada sabem e ainda menos querem saber sobre política e sobre quem os governa ou governará. Jovens que perante a falta da credibilidade que tem vindo a crescer, não procuram identificar-se com nenhuma ideologia.

Nos últimos anos os partidos políticos procuram voltar a trazer a juventude às suas listas e formá-los correctamente, para que das "jotas" saiam quadros competentes para as respectivas alas partidárias. Hoje em dia por mais que nos custe admitir, os jovens que se militarizam nos partidos políticos, são influenciados por amigos próximos, e só depois acabam por se envolver activamente. São uma minoria os que se inscrevem por iniciativa própria. É importante reflectir sobre isto, pois os jovens começam a construir o presente e serão inteiramente o futuro. Porque é que os jovens se tentam descartar das suas responsabilidades cívicas relacionadas com estes temas? Porque é cada vez mais os partidos se vêem obrigados a fazer propaganda de modo a apelar os jovens na participação política? Os nossos jovens estão despreocupados com o que será o futuro do seu país. É urgente agir junto do meio juvenil, de modo a sensibilizar a nossa faixa etária mais baixa para este tipo de temas. A política não é o governo, é um país! E desse país todos fazemos parte! TODOS somos chamados a participar. Cada um com as suas ideologias, mas todos com o propósito de um país melhor.
Até às próximas notas caríssimos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O tempo que passa por nós

Aquilo em que no dia 1 de Janeiro não acreditava, aconteceu. Alguém entrou na minha vida, fazendo-me sorrir como nunca. Juro que por mais insensível que pareça, pensei que não seria uma relação muito longa e ficaria pelas primeiras semanas. As experiências anteriores não me deixavam acreditar. Certo é que sem que tenha dado por isso, passaram 3 meses desde aquele dia. O tempo que já passou faz-me pensar nesta relação de uma forma diferente. Para aqueles que têm anos e anos de relações, esta data é como outra qualquer, mas para mim não é. Sou adolescente, tenho 15 anos e uma experiência de vida reduzida, o que me leva a dar valor ao curto tempo. Muito mudou nestes 3 meses. Porém não deixei de ser eu própria, mas aprendi muito com alguém que sabe mais da vida do que eu... Aprendizagem mútua, neste Mundo onde já não vagueio sozinha, mas sim com um ser que me completa. A esta altura os sábios destas andanças, pensam que sou mais uma apaixonada como tantas outras que andam por aí. Sim, sou apaixonada, mas não vivo num Conto de Fadas, nem à espera do Príncipe Encantado. Com ele passei dos melhores tempos da minha curta existência. Descobriu-me no momento certo, sendo o responsável por eu ter saído de um estado de profunda mágoa. Não deixei de ter o meu espaço, a minha mente e as minhas reflexões. O respeito que ambos demonstramos tem vindo a surpreender-me, tendo havido sempre acordo. Não houve lugar a nenhuma discussão nem briga. Alguns dias passaram-se melhores que outros, devido à distância, mas nada a que dois corações apaixonados não resistam. Se nos primeiros tempos, a tendência era falar no passado e dar pouco valor ao que se passaria no futuro, a tendência inverteu-se. O futuro é uma constante no nosso pensamento, não desleixando contudo o presente. Fui invadida, e ele fez-me voltar a mim mesma, sabendo sorrir e amar. Cada olhar, cada sorriso, cada abraço, cada toque, cada beijo, cada momento foi, é e será especial. Aquela presença pouco mais robusta que eu, faz-me ver um Mundo claro onde sou capaz de enfrentar qualquer obstáculos. A força, a dedicação, a cumplicidade e acima de tudo a amizade, fazem de nós pessoas felizes que se completam. Tenho orgulho em nós...
Até às próximas notas caríssimos.