sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um homem de grandes lutas, Horácio Roque

Não quero entender o porquê, mas senti-me realmente tocada pela morte deste grande empresário.
Horácio Roque, era o Presidente do Banif. Poderia não passar de um empresário, como tantos outros presidentes de grandes insitituições, mas era muito mais do que isso. Quem o conhecia caracterizava-o como alguém simples, humilde, afável e aventureiro. Este espírito de aventura foi o que o fez sair de Oleiros e rumar para Angola aos 14 anos, onde acabou por estabelecer colégios e uma cervejaria. Já corria a década de 80 quando começou a investir em Portugal, com grande incidência na Madeira. Afirmou-se nas mais diversas áreas, como imobiliário, seguros, banca, turismo, indústrai, comércio internacional. Era um Homem, um lutador pelas suas causas. Enriqueceu, é claro. A sua capacidade de negócios e criação, deu-lhe a capacidade de criar uma espécie de império à sua volta e detinha uma das maiores fortunas de Portugal. Porém quem realmente viu um pouco da vida de Horácio Roque, percebe que este império não nasceu de roubos nem de fraudes, como cada vez mais acontece pelo Mundo fora. Uma riqueza pessoal nascida do trabalho. Provavelmente não reúno aprovação geral nestas citações, mas meus caros, acredito no que digo e no que soube ao longo dos tempos. Foi uma grande ajuda, um grande pilar da Economia portuguesa, em tempos. Nunca vi este grande senhor, nunca tive qualquer tipo de interesse na sua vida, mas tocou-me a forma como acabou. Horácio Roque, não queria morrer. Numa das últimas entrevistas que deu, quando lhe perguntaram onde queria ser enterrado (já que passou por tantos locais no Mundo), o empresário limitou-se a responder "Em parte nenhuma! Não quero morrer!". Apreciei esta frase, este sentimento e senti uma enorme "injustiça" na morte deste homem. Não consigo explicar muito mais, em relação à razão deste pensamento. Sinto pesar, mas estou algo bloqueada para conseguir dizer o que realmente penso. É algo totalmente interior. Não poderia deixar passar em branco esta perda, por mais estranha que ela me fosse.
Até ás próximas notas caríssimos.
(O tempo tem sido escasso para tanto trabalho, e tem sido difícil continuar as minhas notas. Mas estou na recta final e depois estarei totalmente de volta)

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